12.6.09

quantos são?



É com prazer que anuncio que o Centro Cultural de Cascais receberá numa das suas salas alguns dos meus trabalhos - Ilustrações, Desenhos, Gravuras e afins. Será a minha primeira exposição individual e terá a curta duração de três semanas. A entrada é livre!

Tive a honra de poder contar com as hábeis palavras do João Maio Pinto, que escreveu um breve e magnífico texto introdutório à exposição, que muito me tocou pela sua perspicácia ao captar a natureza do meu trabalho (e de todas as minhas criaturas de bigodes tremelicantes!).
Ei-lo:

"Bicho peculiar
A Joana Rosa Bragança surgiu de lugar algum, e imediatamente foi e é sua a música das esferas. Dotada de um vocabulário urgente e vigoroso, é com surpresa e intranquilidade que passamos a viver com o seu trabalho. Ao observarmos o seu cortejo impossível de pessoas e bichos, percebemo-la a ombrear com o traço fundamental de Beatrix Potter, mas com o imperativo grotesco de Maurice Sendak. A sua arte tornaria possível O vento nos salgueiros por Edward Gorey, e subtraído de uma outra época, o Senhor Hulot, vai uma vez mais de férias. Joana Rosa anuncia um universo lírico e convulso, umas vezes picaresco, outras hirsuto e revolto. Mas sempre irónico e profundamente crítico. Existe aqui um humor e um rumor proveniente de um universo paralelo.

A Joana Rosa na realidade não surgiu de lugar algum, ela provém de um mundo maravilhoso e desconhecido que habita as sombras do quotidiano. E que nos observa. E que nos deseja sob a forma de desenho."
João Maio Pinto

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